"As reticências são os três primeiros passos do pensamento que continua por conta própria o seu caminho." Mário Quintana
Obrigado AN!
2 comentários:
Anónimo
disse...
“- Quando te salvarem a vida – tornou ainda o meu pai – não agradeças nunca. Não leves longe demais o teu reconhecimento – o que, aliás, é grande baixeza – que julga ele? Foi Deus que ele serviu ao guardar-te, se porventura vales alguma coisa. E tu, se exprimes com exuberancia demais o teu reconhecimento, pecas contra a fé, a modéstia e a humildade. Porque o importante que ele salvou não foi o teu pequeno destino pessoal, mas sim a obra em que tu colaboras e se apoia tambem sobre ti. E como ele está submetido à mesma obra, não tens por que agradecer-lhe. Quem lhe agradece é o seu próprio trabalho de te ter salvado. É aí que reside a colaboração dele na obra. « Demonstras também orgulho se te submetes às tuas emoçõe mais vulgares. E se o lisonjeias na sua pequenez, fazendo dele teu escravo. Porque, se ele fosse nobre, rejeitaria o teu reconhecimento. - Não há nada que me interesse tanto – era de novo o meu pai que falava – como a admirável colaboração de um através de outro. Posso servir-me de ti ou da pedra. Quem é que demosntra agradecimento à pedra por ter servido de fundamento ao templo?
2 comentários:
“- Quando te salvarem a vida – tornou ainda o meu pai – não agradeças nunca. Não leves longe demais o teu reconhecimento – o que, aliás, é grande baixeza – que julga ele? Foi Deus que ele serviu ao guardar-te, se porventura vales alguma coisa. E tu, se exprimes com exuberancia demais o teu reconhecimento, pecas contra a fé, a modéstia e a humildade. Porque o importante que ele salvou não foi o teu pequeno destino pessoal, mas sim a obra em que tu colaboras e se apoia tambem sobre ti. E como ele está submetido à mesma obra, não tens por que agradecer-lhe. Quem lhe agradece é o seu próprio trabalho de te ter salvado. É aí que reside a colaboração dele na obra.
« Demonstras também orgulho se te submetes às tuas emoçõe mais vulgares. E se o lisonjeias na sua pequenez, fazendo dele teu escravo. Porque, se ele fosse nobre, rejeitaria o teu reconhecimento.
- Não há nada que me interesse tanto – era de novo o meu pai que falava – como a admirável colaboração de um através de outro. Posso servir-me de ti ou da pedra. Quem é que demosntra agradecimento à pedra por ter servido de fundamento ao templo?
(..)
Os agradecimentos não tem qualquer sentido.”
A Cidadela, Antoine Saint-Exupery
"SORRISO", AN............................................
Gostei das reticências: ".."
;)
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