sábado, 28 de junho de 2008

A todas as pessoas menos boas

Há muito tempo que não me sentia tão triste…
Há muito tempo que não me sentia tão angustiado…
Há muito tempo que não me sentia tão revoltado, embora de forma pacífica…
Há muito tempo que não me sentia tão em crise…

Dizem que a crise é necessária para que haja progresso!

Maldita seja a maldade do mundo!
Maldita seja a maldade dos outros!
Maldita seja a maldade de mim!
Maldito seja eu, condenado a viver num mundo assim e com outros assim e comigo assim!

Imagine-se que hoje até chorei com lágrimas…

Lágrimas que me sujam a alma…
Lágrimas que me fazem mal…
Lágrimas que me deixam em crise…
Malditas lágrimas!

Malditas lágrimas?! Benditas lágrimas!

Benditas lágrimas que me fazem sofrer…
Bendito sofrimento que me purifica…
Bendita purificação que me traz a paz…
Bendita paz que me traz o amor…

Deus caritas est! Deus é amor!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

GAUDEAMUS, ALEGREMO-NOS!!

Fado para um amor ausente

Meu amor disse que eu tinha
Uns olhos como gaivotas
E uma boca onde começa
O mar de todas as rotas

Assim falou meu amor
Assim falou ele um dia
E desde então fico à espera
Que seja como dizia

Sei que ele um dia virá
Assim muito de repente
Como se o mar e o vento
Nascessem dentro da gente

Manuel Alegre


Este poema para além de muito bonito, grande e cheio de significado, é postado aqui para representar os sonhos e as emoções que o Grupo Coral Gaudeamus me tem proporcionado..
É um privilégio para mim poder juntar a minha voz às vozes de pessoas tão especiais..
E tudo o mais fica por dizer.. A minha caixinha de emoções tem muitas recordações de sorrisos, de sonhos e de..

terça-feira, 24 de junho de 2008

Há dias assim...


Ao contrário do que quero deste blog, há dias assim..
E a caixinha mágica também tem os seus dias menos bons..
É a semana das cruzes.. :(
Recorro ao grande Pedro Barroso para ilustrar o meu estado de espírito..

Quero fugir, quero estar presente,
Quero esquecer, quero lembrar,
Dava tanto, tanto jeito
Não me chamar tanto a terra,
Não amar tanto do peito,
Não gostar tanto da vida,
Não ter amado nas dunas,
Não navegar tanto a noite,
Não respirar tanto mar…

Pedro Barroso, Sou português, sou diferente

sábado, 21 de junho de 2008

O tempo sem tempo


Tanta vez que me apetece viver no tempo que há-de vir, aquele que já veio e torna a vir, aquele tempo que não tem tempo..
Nesta vida atríbulada em que vivo.. vivo e sobrevivo.. Falta-me tempo! Falta-me sobretudo aquele tempo em que o tempo não tem razão de existir.. Exacto, o tempo é coisa do existir.. Basta! Não quero mais existir, existir só por existir.. Existir como existe o tempo... Eu quero é ser, ser sem tempo ou existir..
Imagine-se que um dia destes deparei-me envolto em pensamentos, constatando que me falta tempo para fazer uma das coisas que mais prazer de dá.. Por mais ridículo que pareça, falta-me tempo para trabalhar.. Tantos relatos que ouço que o trabalho durante tanto tempo e eu que não tenho tempo para trabalhar..
Quero viver no tempo que há-de vir, aquele que já veio e torna a vir, aquele tempo que não tem tempo..

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O António e o telemóvel

Não posso deixar de escrever um post sobre uma emoção que me aconteceu hoje sobre a incredulidade perante as novas tecnologias..
Lá vinha eu da escola, tarde e a mais horas como de costume, quando tirei o meu telefone do silêncio e reparei que tinha uma chamada do António. (O António é alguém muito especial na minha vida, homem de grandes e longas experiências, pelo que já não é propriamente um jovem, é alguém que não acredita que os telemóveis também servem para enviar mensagens, acho que estou a exagerar, mas que ele tens umas certas dúvidas, isso é verdade!) Como estava quase a chegar perto dele, resolvi não ligar e deixei o telemóvel de lado. Mas entretanto a minha caixinha de emoções e a minha racionalidade lá tiveram mais uma das suas discussõe e resolveram que eu devia mandar uma mensagem curta a dizer "Estou a chegar!" Como ele devia ter o telefone perto poderia ser que carregasse no botão certo e lesse a mensagem.. Sem garantia nenhuma, mas mal também não faria.. E assim o fiz, enviei a mensagem. Quando cheguei ao pé do António foi realmente uma emoção de espanto da minha parte e alegria da parte do António e de alegria da minha parte por ter provocado esta alegria ao António..
Pequenas grandes coisas!
Um abraço muito grande ao António!

O Bem e o Mal (como se este existisse...)


Este texto é dedicado, em primeiro lugar, a uma jovem "inquieta" na busca da verdade. Em segundo lugar, a todos aqueles jovens que estão nesse magnífico caminho de descoberta, especial aos meus alunos..


Alemanha - Inicio do século XX
Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim desafiou os seus alunos com esta pergunta: “Deus criou tudo o que existe?"
Um aluno respondeu com grande certeza: -Sim, Ele criou!
-Deus criou tudo? Perguntou novamente o professor.
-Sim senhor, respondeu o jovem.
O professor indagou: -Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que as nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?
O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, regozijava-se de ter provado mais uma vez que a fé era uma perda de tempo.
Outro estudante levantou a mão e disse: -Posso fazer uma pergunta, professor?
-Lógico, foi a resposta do professor.
O jovem ficou de pé e perguntou: -Professor, o frio existe?
-Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso nunca sentiu frio?
Com uma certa imponência o rapaz respondeu: -De facto, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo o corpo ou objecto é susceptível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor.
-E, existe a escuridão? Continuou o estudante.
O professor respondeu temendo a continuação do estudante: Existe!
O estudante respondeu: -Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode-se estudar, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não!
Continuou: -Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz. Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?! Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente.Finalmente, o jovem perguntou ao professor: -Senhor, o mal existe?
Certo de que para esta questão o aluno não teria explicação, professor respondeu: -Claro que sim! Lógico que existe. Como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal!
Com um sorriso no rosto o estudante respondeu: -O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente nos seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.
Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça permanecendo calado… Imediatamente o director dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?
E ele respondeu: ALBERT EINSTEIN, senhor!”

sábado, 14 de junho de 2008

Fernando, o Pessoa







No dia em que crio este meu blog, em que se comemora o 120.º aniversário de Fernando Pessoa, quero deixar aqui um texto dele, que já inspirou umas boas conversas..




PEDRAS NO CAMINHO...



"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo e que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vouconstruir um castelo..."



O meu comentário:



O Sr. Fernando Pessoa que me perdoe mas tenho de alterar esta última frase:



Emoções no meu caminho? Guardo todas! Estou a construir um castelo de emoções, um dia vou viver nele, no céu..

Razão de ser..

O primeiro post que quero deixar é sobre a razão de ser deste blog. De há uns tempos para cá tenho sido invadido por um turbilhão de emoções, sobre tudo agradáveis.. Sim, porque as desagradáveis deito-as fora.. Não servem para nada.. Em simultâneo tem nascido em mim o desejo de as expressar pela escrita.. Mas eu nem sei escrever, nem gosto.. Não sei de todo onde isto vai parar..