quinta-feira, 28 de maio de 2009

O sentido da incapacidade..


(clicar na imagem para visualizar o texto)

Hoje deparei-me com duas situações muito complexas.. Entre uma pausa e mais um passeio pela escola, ocorreu-me este texto de Paulo Coelho que aqui transcrevo.. Quando recorri a ele a primeira vez, faz agora cinco, foi num contexto muito diferente.. sim! muito diferente..
As situações que motivam esta postagem, que são as que importam, merecem da minha parte toda a atenção e oração.. não sei de todo o que fazer.. pelo menos em relação a uma delas.. Ajuda-me, meu Deus!

Várias lágrimas.. umas secas outras nem tanto..

2 comentários:

Anónimo disse...

Continue a AMAR como tem feito.. e será iluminado.
Força, não desespere!

Ritinh@ disse...

Existem momentos em que não são precisas palavras,de conselhos...
Existem momentos em que não precisamos de perguntas nem de respostas.
Existem momentos em que só queremos que alguem nos esculte,nos apoie com o olhar...
Existem momentos em que só queremos a presença de alguem,para ficarmos no silencio juntos...

Um dia destes, e apenas por acaso :D, encontrei este belo texto, num belo livro, que hoje partilho consigo.. Ou melhor, que o Mestre hoje lhe dirige...

«Eu, teu Deus, conheço a tua miséria, os combates e as tribulações da tua alma, a fraqueza e as efemeridades do teu corpo; conheço a tua frouxidão, os teus pecados, as tuas falhas; mesmo assim eu digo-te: ‘Dá-me o teu coração, ama-me como és’. Se esperas ser um anjo para te entregares ao amor, nunca me amarás. Embora tornes a cair muitas vezes nessas faltas que desejarias nunca conhecer, embora sejas indolente na prática da virtude, não te permito que não me ames. Ama-me como és. Em cada instante e em qualquer situação em que te encontres, no fervor ou na aridez, na fidelidade ou na infidelidade, ama-me tal como és. Quero o amor do teu coração indigente. Se, para me amares, esperas ser perfeito, nunca me amarás. Meu filho, deixa-me amar-te, eu quero o teu coração.
Tenho o cuidado de te formar mas, entretanto, amo-te como és. E desejo que faças o mesmo; desejo ver, no fundo da tua miséria, subir o amor. Em ti, até amo a própria fraqueza. Amo o amor dos pobres. Quero que, da indigência, continuamente se eleve este grito: Senhor, eu vos amo. É o canto do teu coração que Eu procuro. Acaso necessito eu da tua ciência e dos teus talentos? Não são as virtudes que eu te peço; e, se eu tas concedesse, tão fraco como és, em breve se lhes juntaria o amor-próprio. Não te perturbes com isso. Poderia destinar-te para grandes coisas. Não, tu serás o servo inútil; tomar-te-ei até o pouco que tens, pois te criei para o amor. Ama! O amor te levará a fazer tudo o resto, sem que penses nisso; procura apenas preencher o momento presente com o teu amor. Hoje, estou á porta do teu coração, como um mendigo, Eu, o Senhor dos Senhores. Bato e espero; apressa-te a abrir-me a porta, não alegues a tua miséria. Se tu conhecesses perfeitamente a tua indigência, morrerias de dor. A única coisa que poderia ferir-me seria ver-te duvidar e perder a confiança. Quero que penses em Mim em todas as horas do dia e da noite; não quero que admitas a acção mais insignificante por um motivo que não seja o amor. Quando tiveres de sofrer, dar-te-ei a força necessária. Tu me deste amor, eu te concederei amar para além de tudo o que poderias sonhar. Mas lembra-te: ama-me tal como és. Não esperes ser um santo para te entregares ao amor, senão, nunca amarás.»

[MELO, Luís Rocha e; in “Se tu soubesses o dom de Deus”, pág. 22

Abraço da AN...!