sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

E se soubesse mesmo assim não merecia..

Ele há "coisas do arco da velha" (de onde virá esta expressão?!)

Queria ilustrar a postagem anterior com uma poesia de Pedro Barroso, mas não me lembrava do nome da canção.. perguntei ao meu amigo google se sabia e ele só me apresentou um site com um bocado da letra.. mas o curioso é que esse site é este meu blog, numa postagem de 24 de Junho de 2008..

Bem nessa postagem as emoções sentidas não tem nada a ver com as que sinto hoje.. na altura invadia-me um sentimento de angústia.. hoje é muito diferente.. hoje invade-me a caixinha mágica um sentimento de angústia..

Bem, mas para não repetir, transcrevo uma letra também daquelas grandes, já anunciada numa postagem do mesmo verão, mas não trazida ainda a este blog.. (sim, destas vez não fiz pesquisa no google, fiz memso no meu blog)

Eis a canção que faz as lágrimas correrem por dentro e por fora:



Dá-me o vento às vezes vontade de partir
E chego a cegar de tanto arder os sol
E troco os rumos certos por estrelas
Azimutes ideais por fantasias
E acordo num discurso de camélias
E mordo a erva de prados proibidos
Como um cavalo à solta que fugisse
Ao tempo do saber insustentado

E parto sem saber por quê que nunca soube
como se o futuro fosse uma palavra

E eu sem saber por quê que nunca soube
E se soubesse mesmo assim não saberia

Depois magoo-me na selva repetida
E mergulho no oceano da loucura
E troco rumos certos por estrelas
Azimutes ideais por estrelas
E descubro por bússolas e sextantes
Ilhas tempestades e tornados
Caminhos inventados navegantes
E dou por mim voltando a casa como dantes

E volto aos teus dedos regressado
Como se o dia iluminasse e o mar abrisse

E eu sem saber por quê que nunca soube
E se soubesse mesmo assim não saberia

E abraço em ti a ponte de viver
Entre mim e o ritual e a vaidade
E enches-me de beijos e desmontas
essa cegueira de inventar a liberdade
Ser eu é mais que ser é pertencer-te
E só há uma pessoa no mundo a saber disso
Não dá para vos explicar
Não dá para vos dizer

Se eu fosse escultor eras invento
se eu acreditasse eras feitiço

E eu sem saber por quê que nunca soube?
E se soubesse mesmo assim não merecia...

Pedro Barroso, Em nome do feitiço acontecido

3 comentários:

disse...

Gera-se a confusão!

Saliento: "E parto sem saber por quê que nunca soube
como se o futuro fosse uma palavra"

:D

Caixinha mágica disse...

Olá Bé!

Que engraçado salientares essa frase.. Também gosto muito dela.. aliás este poemas tem muito que se lhe diga.. :D

disse...

Ouvi duas vezes a música e da 2ª vez ia lendo.. e essa foi mesmo a frase que me despertou à atenção.. mas eu nem sei porquê é que tenho a sensação de que nem sequer entendo muito bem xD

Sim, esta música é fabulosa!