quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Como é estranha a minha liberdade


Como é estranha a minha liberdade
As coisas deixam-me passar
Abrem alas de vazio p'ra que eu passe
Como é estranho viver sem alimento
Sem que nada em nós precise ou gaste
Como é estranho não saber

 

Sophia de Mello Breyner Andresen

Sem comentários: