segunda-feira, 16 de junho de 2008

O António e o telemóvel

Não posso deixar de escrever um post sobre uma emoção que me aconteceu hoje sobre a incredulidade perante as novas tecnologias..
Lá vinha eu da escola, tarde e a mais horas como de costume, quando tirei o meu telefone do silêncio e reparei que tinha uma chamada do António. (O António é alguém muito especial na minha vida, homem de grandes e longas experiências, pelo que já não é propriamente um jovem, é alguém que não acredita que os telemóveis também servem para enviar mensagens, acho que estou a exagerar, mas que ele tens umas certas dúvidas, isso é verdade!) Como estava quase a chegar perto dele, resolvi não ligar e deixei o telemóvel de lado. Mas entretanto a minha caixinha de emoções e a minha racionalidade lá tiveram mais uma das suas discussõe e resolveram que eu devia mandar uma mensagem curta a dizer "Estou a chegar!" Como ele devia ter o telefone perto poderia ser que carregasse no botão certo e lesse a mensagem.. Sem garantia nenhuma, mas mal também não faria.. E assim o fiz, enviei a mensagem. Quando cheguei ao pé do António foi realmente uma emoção de espanto da minha parte e alegria da parte do António e de alegria da minha parte por ter provocado esta alegria ao António..
Pequenas grandes coisas!
Um abraço muito grande ao António!

6 comentários:

Anónimo disse...

pPequenas Grandes Coisas - Coisas pequenas têm grandes significados

Atribuo muita importância aos pequenos gestos, às pequenas coisas, às mais pequenas atitudes, às emoções mais simples, sobretudo porque a maioria das pessoas descura os "pormenores". Há quem aposte nas grandes manifestações de afecto, nos grandes feitos, esquecendo-se que isso só poderá ir mais além da exibição se surgir como consequência da reunião de pequenos gestos, da atenção despendida em cada pequena coisa (por mais insignificante que ela possa parecer). Admiro as pessoas que nunca descuram os pormenores, porque sei que aos poucos têm sucesso em tudo o que fazem, precisamente porque prestaram atenção às pequenas coisas.

Gosto quando me fazem surpresas - daquelas que a pessoa que a empreendeu não percebeu que o que aquilo teve de inesperado teve igualmente de bom. Ainda hoje guardo comigo o primeiro girassol que alguém me deu, num gesto que surgiu simplesmente sem qualquer motivo aparente. Ainda tenho algures uma citação escrita à pressa num guardanapo, pois olhando para aquele conjunto de palavras alguém pensou que eu haveria de gostar. Leio e releio, ao final de longas noites bem passadas, uma mensagem simples que apenas deseja bons sonhos. Ainda hoje guardo, no fundo da caixa das recordações, o bilhete de autocarro ou de comboio como recordação de viagens que, mesmo tendo terminado, continuam a decorrer através destes pedaços de cartão. Há filmes, em cuja sessão de cinema, gostei particularmente de uma boa piada da(s) pessoa(s) que estavam comigo e lembro-a de cada vez que pego nos bilhetes. Guardo as amostras de perfume que experimentámos no shopping para sentir a fragrância dessas incursões demoradas ao mundo dos aromas. Guardo todas as emoções numa caixinha situada no mais profundo de mim. Guardo aqueles abraços ternos. Guardo as nossas GRANDES conversas. Guardo aquela “cena de filme altamente encenada pelo realizador”...Guardo aquela sensação “Tou a ficar maluca!”.

Quando encontro uma camisola que já não é propriamente da cor que era nem do tamanho que antes me servia, no fundo da gaveta, volta o amor por aquela peça de vestuário porque ela testemunhou algo de importante. Quando alguém me oferece chocolates e outros doces, mais do que as calorias extra, conta o quanto de doce comportou aquele gesto simbólico. Quando sei que alguém foi visitar um lugar que desconheço, fico contentíssima quando, mesmo lá longe, essa pessoa se lembrou de me enviar um postal com umas palavras simpáticas a sintetizar a experiência e a prometer detalhes para mais tarde. Quando estou tranquila no meu canto e o telemóvel toca só para que eu possa ouvir uma música que gosto muito, experimento uma alegria breve que se prolonga mesmo depois da chamada terminar.

São estas pequenas grandes coisas que nos trazem até nós pedaços de momentos vividos com os outros, constituindo uma parte importante do arquivo biográfico do nosso percurso existencial.

Agradeço que seja assim… As grandes amizades provam-se nos pequenos gestos…

(Nao sou o Antonio, mas as duas primeiras letras do nome sao iguais :) :)

Anónimo disse...

Aguardo nova postagem ansiosamente!
x)

Anónimo disse...

Parabéns Stôr!

Tem aqui um blog muito interessante! =)

Os seus textos dão que pensar... E até ajudam nos momentos que se precisa de palavras amigas!

Prometo ser uma leitora assídua! Pois é isso que os alunos favoritos fazem! =P Ehehe...


A continuação de um bom trabalho e muita força! =)

Beijinhos*

Caixinha mágica disse...

Minha querida "AN":`

És realmente um fenómeno..
És realmente GRANDE..
És realmente especial..

Na vida não há grandes pormenores.. Pormenores são pormenores.. pormenores são sempre pequenos.. Mas é claro que há GRANDES pequenos pormenores.. Aliás é o melhor da vida..
Grato, muito grato..

Caixinha mágica disse...

Está no prelo uma nova postagem.. Mas o tempo..

Caixinha mágica disse...

Querida Marli:

Obrigado pelo teu comentário!
Vamos ver se consigo não vou defraldar as expectativas..
Obrigado por tudo!