sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O fogo do amor sob a chuva há instantes morrera

Deixo aqui novamente a música Chuva, da Marisa.
Mas desta vez num sentido completamente diferente daquele que normalmente uso. Esta música marca-me profundamente pela positiva, traz-me à memória acontecimentos e gente que guardo nesta caixinha mágica que me habita. Mas hoje fui buscá-la por outros motivos.. são emoções que me deixam apreensivo (não, não quero usar as palavras que me povoam a mente).
Não digo mais, fica o título desta postagem e o poema..

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

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