domingo, 9 de setembro de 2012

O sentimento para lá da emoção

Há sentimentos que vão para lá das emoções.. Há sentimentos que vão muito para lá dos pensamentos..

Pensamentos? Sentimentos? Emoções? Não será tudo o mesmo??!! Claro que não!!

Então façamos uma distinção clara entre os pensamentos e os sentimentos e emoções.
Vou deixar de falar de emoções, como se fossem a mesma realidade que os sentimentos.
Os pensamentos são o resultado da inteliência (do nosso intelecto) e os sentimentos são os frutos da espiritualidade (da nossa caixinha mágica que nos habita, a que vulgarmente apelidados de coração).

Passarei a partir de agora, nesta postagem a falar de pensamentos e sentimentos no singular. Sendo que pensamento é o próprio exercício racional e já não o(s) conteúdo(s) desse mesmo exercício. No entanto ao falar de sentimento, e não de sentimentos, esse sentimento é apenas o isolamento de um só sentimento, mas que continua a pertencer à classe dos sentimentos.

- E as emoções, e a emoção?
- Não vou falar!
- Porquê?
- Porque não!
- Mas "porque não" não é resposta, só as coisas do coração é que são "porque sim" e porque não".
- Então e as emoções não são coisas do coração?
- Pois, são!
- Então não falemos de emoções, nem de emoção, mas continuemos a falar de coisas do coração!

Entremos então na ideia principal desta postagem, no fundo a razão de ser destas palavras que conjugo com dificuldade. Há sentimentos que podem ser pensados, refletidos, compreendidos.. há outros porém que apenas os reconhecemos mas nada podemos afirmar sobre a sua razão de ser, não tão pouco sobre a sua causa..
Então.. também há pensamentos que possam ser sentidos? Pensamentos pensados que se sentimentalizam? Mas um pensamento sentimentalizado nunca será um sentimento puro, daqueles nascido da profundeza do nosso coração. Mas o nosso intelecto pode por sua vez realizar o seu trabalho sobre esse sentimento, que não é mais que pensar sobre um pensamento mascarado de sentimento, mas não um verdadeiro sentimento..
E se isso for verdade? Como reconhecer o que pensamos e o que sentimos? Como reconhecer o que sentimos, mas que efetivamente não sentimos mas pensamos?
Pode o coração enganar o pensamento? Não, creio que não. Mas o pensamento também não pode enganar o coração. Pode o pensamento enganar-nos a nós próprios, pode até servir-se do coração para nos enganar.. Isto é terrível!

Será emoção o pensamento sobre um pensamento sentimentalizado? Ou melhor será que esse pensamento sentimentalizado que não é sentimento mas sim emoção? Não sei! E isto é terrível!

Um dia (brevemente) voltarei a este tema.. Digo brevemente porque isto assalta-me o coração e a mente todas as horas destes dias que vão passando devagar, tão devagar que nem dou por eles passarem tão rápido..

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